quinta-feira, 7 de abril de 2011

Só não estava anunciada pra quem não quer ver a realidade.

Ora, a tragédia se abate sobre a Educação no Rio de Janeiro. Um cidadão entra em uma escola e abre fogo, vitimando fatalmente mais de uma dezena de alunos e deixando outros tantos feridos. No momento em que escrevo, as notícias ainda são turvas, os números não são certos e as informações desencontradas. Estamos acostumados com esse tipo de noticiário vindo dos irmãos do norte. Os estadunidenses tem hábitos ligados ao armamento de civis que em um plebiscito aqui, no Brasil, ficou evidente que a população quer mesmo se armar.

Agora está em xeque a segurança nas Unidades Escolares. Fala-se em polícia, se fala em detectores de metal, se fala em intervenções militares nas escolas. Tudo isso pra camuflar o fundo do problema: o projeto neoliberal que pretende enfraquecer a escola. As escolas municipais do Rio de Janeiro não tem efetivo de funcionário pra funcionar, quanto mais pra funcionar bem. Nesses quase três anos em que estou no funcionalismo público municipal, onde passei por 5 escolas, entre cessões e duplas regências, ficou evidente a ausência de funcionários, agentes educadores, inspetores, porteiros e toda sorte de funcionários de apoio.

Dessas cinco escolas que trabalhei, duas delas tinham três andares, como a E. M. Tasso da Silveira, e em nenhuma das duas existiam ALGUM INSPETOR! Não havia qualquer pessoa para orientar ou mesmo disciplinar os alunos que reunidos em coletivos, em grupos não tem a referência disciplinar devida. Nessas duas escolas, o terceiro andar, o último e justamente o andar onde aconteceu a tragédia, nunca recebia visitas de NINGUÉM ligado a direção, a secretaria ou que tenha algum caráter disciplinar. As portas estavam abertas para a tragédia.

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