domingo, 3 de maio de 2009

Olímpiadas: Brincadeira de péssimo gosto

Bem, pessoas... parece que o blog não tem muitos leitores, mas mesmo assim eu escrevo. Sou meio insistente. Não sei se as pessoas leêm e não comentam... num sei se elas comentam sem ler... mas, continuo caminhando e produzindo um pouco mais de lixo virtual.
Essa semana, a primeira do mês de maio, chegou ao Rio de Janeiro, a comitiva para analisar se o Rio de Janeiro tem mesmo condição de sediar uma olimpíada. Ocorreu o de sempre: Maquiagem, uma limpeza aligeirada para impedir o comitê de ver a verdade - O Rio de Janeiro, apesar de maravilhosa, é uma cidade jogada às traças. Sem conservação, mas com muito conservante.
Não vou entrar no discurso moralista classe-média de que tem mais coisa que preocupa. Acho que o esporte tem potencial para transformar sim: não tem tido, mas tem potencialmente, assim como a escola, o teatro, o sindicato e mais tantas outras coisas. Porém a candidatura do Rio de Janeiro me faz lembrar algo muuito recente: os Jogos Panamericanos do Rio 2007. Qual melhoria para a cidade foi deixada de herança pra nós? NADA. Nem nos transportes, que geralmente sofrem um bum durante tais eventos, nem na segurança, nem em nenhuma outra esfera. Ora a estratégia já está até taçada. Colocar as férias escolares para o período das Olimpíadas. Acho justo, mas só isso não basta!
No Rio de Janeiro, uma cidade grande, o centro cultural do Brasil, não possuí uma rede de metrôs razoável. Atinge pequena parte da Zona Sul e mesmo assim, deficitariamente. Os ônibus não precisam nem serem lembrados. Quem trabalha e depende de transporte público tá perdido. Veja bem: A minha crítica não é contra as Olimpíadas do Rio, mas sim: Como fazer essa olimpíada no Rio. Apesar da minha enorme fé, não acredito que mudança alguma venha ocorrer! Mas torço sinceramente que o projeto naufrague.
Li no blog do Juca Kfouri e me reservei o direito de comentar - como ninguém lê meu blog mesmo, acho que nem ele vai se incomodar, um aontecimento durante a tal visita. Tal e qual os seguranças dos trens açoitearam os passageiros em Madureira, durante a visita da tal comitiva, os seguranças a paisana e sem serem identificados, agrediram um repórter do Estadão por ele estar em um vagão do metrô que não estava permitido. Ora, vivemos em um faroeste ou não? Os organismos de segurança estão sempre mantendo o Estado de Terror funcionando. Esse terror nasce do ESTADO! Tráfico, milícias e afins são produtos do autoritarismo ineficiente e tosco que brota no coração do Estado e se nfiltra no coração das pessoas.

2 comentários:

Cadu disse...

As olim-piádas sempre são uma boa oportunidade pra se abraçar a Lagoa, acender velas brancas em nome da paz, etc.

Sempre preferi bolinha de gude.

Nicolau disse...

Bota pra fuder...
Cadu, sabia que eu já abracei a Lagoa? já acendi velas brancas? E´que acho meio coisa de drag quenn (ou cigano, que é quase a mesma coisa) acender velas coloridas...
Não acho que o esporte sirva pra isso, quer dizer, toda indústria investe, no caso, em infra (ou pelo mensos espera-se isso dela). Essa idéia de esporte é muito escrota, forma pessoas cuja a única capacidade é chutar a bola, ou bater com a mão na bola, mesmo que de forma genial.
Brincadeiras saudávis são aquelas que te iniciam sexualmente, como escone esconde, escorrega, pique qualquer coisa..
Nicolau