Sociedade
moralista, beber é cada vez mais difícil. Não há lei no país que me impeça de
beber, as indústrias e comércios de bebidas são empresas lucrativas e que
sempre são bem vistas porque empregam bem e movimentam um mercado grande. Porém
há resistência ao reinado dionisíaco no Rio de Janeiro.
Pensando
nas facilidades de agora estar provido de um carro, planejava um fim de semana
bucólico em São Gonçalo, nas cercanias do Pacheco. Casa de amigo... projetava uma feijoadinha, bota um paio, carne seca,
toucinho no caldeirão... tudo lindo! Pensei
em comprar uma caixa de latas de cerveja no Guanabara e ia empreender tal
compra com o Vale alimentação. Passei todas as compras pelo caixa quando fui
interpelado pela agente da moral. Eu não estava autorizado a comprar a minha
cerveja com o Vale. Tentei argumentar que me alimentava daquilo e que inclusive
chamava a mercadoria de pão líquido. Foi em vão. Com a retidão dos seguidores
de ordem fui embora depois de bravejar e gritar. Mas se gritar adiantasse o
porco não morria, e eu sai do Guanabara tal e qual um zumbi. Chateado com a
situação. Ao que parece até uma lei está escrita lá na placa, lei da casa do
caralho!! Na malfadada placa ainda vinha especificando os tipos de gêneros alimentícios
que poderiam ser levados com o Vale. Fiquei arrasado, mas era somente
desespero. Ao chegar em São Gonçalo, no dia seguinte, entrei no mercado,
comprei as cervejas com meu Vale e meu final de semana foi ótimo.
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