domingo, 20 de maio de 2012

IGREJA: TÚMULO DE CRISTO.


                Comunhão. Na minha modesta opinião, o maior dos ensinamentos cristãos. A maior demanda e a grande lição que o mestre Jesus, Deus em forma humana nos passou com sua vida. Ele que não tinha segundo suas próprias palavras: “onde recostar a cabeça”. Durante a sua passagem pela Terra, Jesus Cristo foi um exemplo a ser seguido e orientado. Sem dúvida, o grande personagem histórico que criou, pela primeira vez, uma ideologia que se procurava universal.
                Mas porque os cristãos não conseguem perceber o quanto, por suas posturas, se distanciam de Cristo e do seu exemplo? A resposta está na Igreja. Dentro do que conhecemos da história de Jesus, ele é crucificado, ressuscita, permanece mais 40 dias sobre a Terra e depois ascende aos céus. Após sua ascensão, o Espírito Santo desce dos céus e começa a habitar a Terra. Então, por mais chocante que seja, DEUS ESTÁ SOLTO! Não está contido dentro destas instituições que se autoproclamam igrejas.
                Essas instituições tem a arrogante postura de se colocarem como uma espécie de Google para encontrar Deus, porém se Ele está solto, procurar nas igrejas é no mínimo procurar errado.
                Nenhuma instituição consegue comportar a grandeza de Deus, mas o pior não é isso. O pior é que tais instituições insistem em se colocar como representantes de Deus, mas eles não têm respeito, pressuposto básico para a boa convivência entre os seres humanos. Projetos de evangelização, missões e seus missionários, homofobia e ideal de eugenia são componentes comuns nessas instituições, características que não ajudam a construir um ideal cristão.
                Fonte do conservadorismo menos refinado e grosseiro, presta um péssimo serviço ao próprio cristianismo. Regula e tole a divindade em um monte de regras e padrões que emergem das interpretações mundanas sobre o evangelho. É comum as instituições religiosas fazerem vistas grossas com as orientações comunistas das comunidades do Cristianismo Primitivo.
                Muitos crentes, como são conhecidos os cristãos protestantes, utilizam as igrejas como bodes espiatórios. Esse grupo cristão, de um modo geral, só busca a comunhão dentro da instituição, hostilizando quem não está dentro do seu padrão de comportamento. Sinceramente, se buscamos uma intimidade com Deus, devemos eliminar as formalidades e as instituições estão baseadas exatamente nestas formalidades. Existe um problema estrutural nessas instituições. PROBLEMA ESTRUTURAL! As igrejas são irreformáveis, porque não se querem expandir genuinamente. Buscam impor valores, buscam ser Cristo sem ser humano, sem se misturar, ainda dentro da dinâmica maniqueísta. O certo e o errado existem? Sim, existem, mas faz parte da humanidade conter o certo e o errado ao mesmo tempo. As igrejas não contribuem para a harmonia. Precisamos rapidamente expandir o conceito de comunhão, o principal valor cristão.

9 comentários:

Will disse...

Sensacional!

Fábio Castro disse...

Fala campeão, ótimo texto sobre a real importância de Cristo e Deus, que está, como bem disse em palavras como RESPEITO e UNIDADE, respeito uns pelos outros e união para a melhor convivência de todos. Abração e vou continuar lendo seus textos caro amigo.

Prof. Fábio Souza C. Lima disse...

Meu amigo, aqui em Quintino tem uma Igreja protestante com uma placa enorme dizendo "Deus está aqui". eu fico pensando Nele como um burocrata. Você chega lá e pergunta: Posso falar com Deus? E o pastor responde: Segunda porta à esquerda!

Interessante também que a placa fica a duzentos metros da Igreja Católica (São Jorge). Ela é virada de forma com que o indivíduo vê primeiro esta igrejola e depois a I.C.. Uma clara disputa pelos fiéis.

Não esqueço de você falando que os evangélicos estão espantando as pessoas.

Anônimo disse...

Deus está morto!

O que temos aí é um zumbi que devora o que temos de mais belo, nossa liberdade, iniciativa e responsabilidade por tudo que está, esteve ou estará por aí.

Chega de ficar tentando dar sentido a vida .... a vida é absurdo.

Bom texto Jair, mesmo sem concordar

Dudu disse...

"O Reino de Deus está em você e ao seu redor, e não em prédios de madeira ou pedra".

Lembrei de Stigmata.

Nívea disse...

Caro Jair, discordo de você. Creio na Bíblia, Palavra de Deus, minha regra de fé e de prática. Há um versículo que diz: "Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor". Deus se faz presente nos templos, sim! Digo isso com propriedade. Qdo entro num templo de oração, independente de líderes religiosos, vou ali para adorar a Deus. É certo de que Deus está em todo lugar, afinal, reconheço seu atributos: onipresente, onipotente e onisciente. Posso buscá-lo em qualquer lugar: no ônibus, meu quarto, enfim, onde eu estiver ali Ele estará (isso é Palavra de Deus!). O problema é que mtos deturpam a Sua Palavra. É mto cômodo para o ser humano interpretar a bíblia como lhe apraz (isso e outra questão...).
"Essas instituições tem a arrogante postura de se colocarem como uma espécie de Google para encontrar Deus, porém se Ele está solto, procurar nas igrejas é no mínimo procurar errado." De fato não concordo!!! Jesus também gostava de ir ao templo para orar e adorar a Deus.
Estou falando apenas sobre a instituição templo, como vc falou. Com relação a pregar a Palavra e não se limitar as quatro paredes de um templo é outra história... Bjs.

Robson Lelles disse...

O problema do discurso direcionado é quando a partir de certo ponto ele começa a generalizar. Aí o que era específico se torna geral - e aí se perde a precisão de um bom texto.

O Mestre Jesus frequentava o Templo, como todo bom judeu. Não só frequentava o Templo, como cumpria TODOS os rituais descritos na Lei Mosaica, tanto é que há o relato bíblico em que Ele é chamado para ler o rolo de Isaías - e ali se cumpre a profecia de que o Messias leria aquela passagem específica diante do Seu povo e por eles seria rejeitado.

Outras passagens citam Jesus ensinando no Templo. Jesus era um rabi - e rabis ensinam no Templo. Jesus ensinava fora do Templo também, não por autorecreação ou para marcar posição contra o farisaísmo, etc., mas porque a Lei Mosaica assim determina: que a Lei seja ensinada a todo momento, não apenas no Templo ou nas sinagogas.

Dito isto, lembremo-nos da passagem em que Jesus alerta seus discípulos sobre a questão do apego orgulhoso dos judeus àquele prédio suntuoso, construído séculos antes por Salomão e mais tarde destruído pelas forças romanas. Ali, Jesus revela que daquele templo majestoso não restaria pedra sobre pedra, ao mesmo templo que revela que o verdadeiro templo do Espírito de DEUS, ainda que fosse destruído, seria reerguido em apenas tres dias.

Hoje temos sim, igrejas que dão equivocadamente foco excessivo em prédios suntuosos e amplos, para reuniões de suas congregações, mas de longe este não é o seu pior problema, tampouco esta é uma caracterísitca generalizada. Algumas dessas igrejas sequer podem ser chamadas de cristãs, tamamnho é o desvio doutrinário ali executado diversas vezes ao dia - no entanto, elas não são todas, nem todas são elas.

Generalizar o que é específico causa ferimentos em inocentes, atingidos de forma inesperadas pela verve com viés fundamentalista. Esta seja talvez uma característica marcante (sem trocadilhos) dos defensores da fé que se excedem em suas colocações para além das fronteiras do autodomínio, que é fruto do Espírito Santo - e que deve ser incessantemente buscado por aquele que deseja cobrir os tres pilares do discipulado: a palavra bem-dita, o auto-exemplo bem dado e a prática bem cobrada.

Ou então, seremos sinos que retinem, sons que podem significar qualquer coisa - e aí está o perigo: permitir interpretações além daquela que é a correta.

Em Cristo,

Jair Junior disse...

Vejamos bem. Vou por partes para tentar ver as questões pontuando cada situação.
1 - Acho o ecletismo perigoso. Buscar uma parte de cada religião não me parece o melhor caminho. Cada uma tem um sistema lógico que não faz muito sentido associado a outras;

2 - Sim, Jesus tinha uma prática religiosa, era Rabi e ensinava nos templos. Mas como era a relação Dele com os religiosos ali presentes? Não é uma forma passiva. Além do mais, Ele buscava dentro do judaísmo, religião da qual brota sua gênese, sua história, seua origem humana. Para Jesus se desligar do judaísmo, as possibilidades de práticas religiosas eram escassas. E mesmo tendo gerado outra religião, o cristianismo, alguns, mesmo após a sua morte e ressurreição gostariam de vê-lo associado ao judaísmo. Ora, vejo a mensagem de Jesus como algo universal e anti-institucional e por isso, ele religiosamente não se incomoda em estar nos templos judaicos.

3 - Acho que os templos podem ajudar? Acho que a possibilidade de ajuda é muito pequena. Óbvio que as tradições pesam. Existem cristãos super libertários que sentem falta da liturgia e do templo, das Escolas dominicais e de todo o complemento, mas isso não é uma necessidade espiritual. É uma necessidade de convivência institucional.
Eu não tive uma vida religiosa direcionada, me encantei com o cristianismo, me vejo como um cristão, mas pra mim, que vivi fora do templo por mais de 30 anos, estar no templo me parece desperdício. Cristo Sim, igreja (instituição) não.

Jair Junior disse...

Vejamos bem. Vou por partes para tentar ver as questões pontuando cada situação.
1 - Acho o ecletismo perigoso. Buscar uma parte de cada religião não me parece o melhor caminho. Cada uma tem um sistema lógico que não faz muito sentido associado a outras;

2 - Sim, Jesus tinha uma prática religiosa, era Rabi e ensinava nos templos. Mas como era a relação Dele com os religiosos ali presentes? Não é uma forma passiva. Além do mais, Ele buscava dentro do judaísmo, religião da qual brota sua gênese, sua história, seua origem humana. Para Jesus se desligar do judaísmo, as possibilidades de práticas religiosas eram escassas. E mesmo tendo gerado outra religião, o cristianismo, alguns, mesmo após a sua morte e ressurreição gostariam de vê-lo associado ao judaísmo. Ora, vejo a mensagem de Jesus como algo universal e anti-institucional e por isso, ele religiosamente não se incomoda em estar nos templos judaicos.

3 - Acho que os templos podem ajudar? Acho que a possibilidade de ajuda é muito pequena. Óbvio que as tradições pesam. Existem cristãos super libertários que sentem falta da liturgia e do templo, das Escolas dominicais e de todo o complemento, mas isso não é uma necessidade espiritual. É uma necessidade de convivência institucional.
Eu não tive uma vida religiosa direcionada, me encantei com o cristianismo, me vejo como um cristão, mas pra mim, que vivi fora do templo por mais de 30 anos, estar no templo me parece desperdício. Cristo Sim, igreja (instituição) não.